Educação


O sistema educativo português

O sistema educativo português compreende a Educação Pré-escolar, a Educação escolar e a Educação extra-escolar.
A educação pré-escolar é complementar da acção educativa da família, cooperando entre si. Esta destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso ao 1º Ciclo do Ensino Básico. A frequência neste ensino é facultativa, uma vez que cabe um papel essencial à família no processo da educação da criança nesta idade.
Na educação escolar estão inseridos o ensino básico, secundário e superior. Estes são de frequência obrigatória. Podemos ainda dividir o ensino básico em 3: 1º, 2º, e 3º ciclos. Entram no ensino básico as crianças que completem 6 anos ate ao dia 15 de Setembro do ano em que as aulas têm início. Caso seja solicitado pelo encarregado de educação, as crianças que façam 6 anos entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro também podem ingressar no ensino básico.
O 1º Ciclo do ensino básico dura, normalmente, 4 anos (1º ao 4º ano do ensino básico). Aqui o ensino é da responsabilidade de um professor que pode ser ajudado noutras áreas especializadas, como línguas estrangeiras, música, educação física, por outros professores.
Embora seja obrigatória a frequência no ensino básico, esta obrigatoriedade termina aos 15 anos de idade.
O 2º Ciclo do ensino básico tem a duração de dois anos – 5º e 6º. Este organiza-se por áreas interdisciplinares e, em regra, há um professor por disciplina.



Educação sexual: pais e escola

Estando em causa o desenvolvimento e o bem-estar dos educandos, a família não deverá ser mantida em estado de dúvida ou de desconfiança relativamente às iniciativas levadas a cabo pelos professores ou pela Escola no seu todo.É muito importante que, através do diálogo e do trabalho conjunto, se ultrapasse o desconhecimento ou a dificuldade que muitos pais têm quando tentam perceber quais os objectivos e o modo de acção de um Programa de Educação Sexual.Em conversas ou debates sobre o tema da Educação Sexual na Escola, é frequente que os Pais exprimam receios e dúvidas. Exemplos disso são:
Que a aquisição de conhecimentos sobre a sexualidade possa aumentar as tentativas de experimentação de comportamentos sexuais por parte dos filhos.
Que nas acções de Educação Sexual se inclua o ensino de práticas sexuais.
Que o mais importante em Educação Sexual não seja a prevenção das infecções de transmissão sexual e da gravidez não planeada, sobretudo em adolescentes.
Nestas situações de debate é muito vulgar que as opiniões se dividam e que, devido a diferenças ideológicas, haja discordâncias. No entanto, será sempre possível chegar a acordo se Pais, Professores e outros intervenientes colocarem sempre os interesses dos jovens em primeiro lugar.Se tal não acontecer, corre-se o risco de colocar em risco todo o trabalho positivo que poderá ser desenvolvido.Em situações de trabalho conjunto, é importante que os princípios éticos que orientam o programa e/ou acção em causa estejam bem explícitos.
A Escola pode e deve dar resposta a pedidos de apoio e analisar e aplicar as sugestões feitas pelos Pais. Muitas vezes, estas solicitações não são de resposta imediata e requerem um diálogo mais aprofundado sobre diversos temas, como qual a melhor forma de abordar o tema da sexualidade em casa, como responder às perguntas do jovem/criança, que materiais didácticos adquirir para que, em casa, se aborde mais facilmente o tema da sexualidade, o que fazer quando, contrariamente ao que geralmente se pensa que acontece, o jovem/criança não faz perguntas ligadas à sexualidade, como tratar a questão da contracepção entre os jovens adolescentes.


Como incentivar a criança a estudar


No processo de aprendizagem o sujeito é o aluno. Por isso, não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que os alunos realizem o trabalho correspondente de aprender.Neste "trabalho", estudar é uma acção necessária para a educação intelectual que inclui aprender a pensar, adquirir a capacidade de discernimento para ser um adulto que saiba, conscientemente, fazer as suas escolhas, obter a cultura que, se é autêntica, é uma forma de viver, entre outros.Um dos objectivos fundamentais do estudo é conseguir a educação para o trabalho, que as crianças e jovens reconheçam o papel do trabalho nas suas vidas. É, portanto, necessário saber motivar as crianças para o estudo e conseguir que eles queiram e saibam fazê-lo.Os factores primordiais são um bom ambiente de trabalho e a harmonia familiar. Quando na família há um clima de trabalho equilibrado, quando os pais tornam os filhos participantes das suas aspirações profissionais, na medida em que as podem entender, quando o trabalho ocupa um lugar objectivo e é aceite numa atitude de serviço, então, o ambiente familiar é uma motivação muito grande para os estudos.O mais importante não é, exclusivamente, ter excelentes notas. Há que, racionalmente e sem excessos, ter em conta os motivos, as convicções e as preferências de cada criança ou jovem.
Para que o estudo seja um trabalho educativo devem colocar-se em jogo as faculdades pessoais, ou seja, estudar deve ser uma acção feita de livre vontade, o estudante deverá assumir a responsabilidade da própria tarefa.É importante indicar à criança os objectivos (a curto, médio e, por vezes, a longo prazo) do seu trabalho, sem reduzir as tarefas escolares ao cumprimento de uma obrigação, à qual não é possível escapar enquanto não chegam as férias.Deve-se tentar evitar as reacções despropositadas perante as notas. O esforço que as crianças e jovens despendem é, frequentemente, mais importante que os resultados alcançados. Dependendo do contexto, uma nota média conseguida com esforço e empenho merece uma recompensa normalmente reservada a uma nota elevada.O mais importante, é que a criança aprenda a gostar de estudar e se sinta valorizada pela sua prática.


Sobredotação

Em diversos processos, a identificação de uma criança sobredotada é feita através da determinação do seu Quociente de Inteligência (QI).Embora para muitos este QI seja um indicador questionável, muitos autores consideram sobredotadas as crianças que apresentam competências, talentos e habilidades acima da média para a sua idade em diversas áreas.Desta forma, pais e educadores deverão estar sensibilizados para esta situação e tentar aperceber-se se a criança reúne pelo menos cinco das seguintes características:
-Vocabulário claramente avançado para a idade
-Interesses muito variados
-Domínio rápido da informação
-Curiosidade fora do comum
-Grande criatividade
-Preocupação com os problemas do mundo
-Muito boa memória
-Sensibilidade especial
-A par destas qualidades especiais, podem surgir dificuldades no desempenho escolar, desmotivação, frustração, desobediência e timidez.
Perante uma criança sobredotada, o educador deverá:
-permitir a curiosidade;
-libertar a criança do medo de ser "melhor", "diferente", de se exprimir;
-encorajar e aceitar a fantasia guiada;
-evitar as críticas destrutivas, a troça e a humilhação;
-encorajar a individualidade da criança;
-ajudar a estabelecer prioridades de tempo e energia;
-permitir a partilha do entusiasmo e amor pela vida.
Em Portugal, não se sabe ao certo o número de crianças sobredotadas, sendo que muitas nem sequer chegam a ser identificadas e reconhecidas. Uma das razões para este desconhecimento é o facto de muitas destas crianças, ao chegarem à adolescência ou mesmo à idade adulta, acabarem por se "nivelar" com os seus pares, por razões naturais ou de "defesa" procurando a aceitação pela "normalidade" face aos colegas e aos outros. Contudo, algumas destacam-se nas suas áreas de eleição com desempenhos excepcionais.


A LeituraA leitura é fundamentalmente um acto cognitivo, o que significa que a percepção que se tem da tarefa de ler e dos seus objectivos desempenha um papel determinante, pois é esta compreensão que vai tornar operacionais e eficazes as outras competências para a leitura. Assim, um bom leitor é aquele que, ao fomentar as operações de tratamento linguístico ao nível lexical e sintáctico de forma automática, vai, também, focar a sua atenção para a construção de um modelo de texto, interpretando-o.Ler é descodificar, extrair o significado da escrita, daí que a leitura seja vista como um processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo.A leitura é, ainda, vista como um processo interactivo porque diferentes leitores extraem níveis de informação diversificados sobre o mesmo texto, pois possuem níveis de conhecimento diferentes em relação ao tema de que trata o texto, ou seja, a informação que um leitor retira de um texto está dependente do conhecimento que possuí sobre o assunto a que se refere o mesmo.A leitura ajuda a criança a construir a sua identidade, a sua relação com o mundo e a tornar-se num ser activo e tolerante.Mediante o apelo ao imaginário, a leitura permite-lhe a transposição de universos, a vivência de outros modos de ser, a resolução de conflitos interiores e de problemas de ordem psicossocial.É, por isso, um factor decisivo na maturidade da criança, no seu equilíbrio afectivo, na sua inserção no colectivo da escola e da comunidade em geral.Estes valores e prática contribuirão para a formação de cidadãos conscientes e participativos numa sociedade democrática.
A Escrita
A escrita é um processo manual pelo qual se traduz aquilo que se passa na nossa mente, é um processo através do qual comunicamos.Antes de escrever, a criança tem que estruturar o seu pensamento de forma a transmiti-lo com coerência e clareza, ou seja, a competência de escrita obriga a um crescente controlo produtivo sobre as operações linguísticas de acesso, selecção lexical e sobre a organização sintáctica do enunciado guiado pelas intenções comunicativas. Deste modo, a escrita obriga a um empreendimento mais dispendioso em termos de atenção, de memória e de tempo que se gasta para desempenhar a tarefa.A partir de situações concretas e vivenciadas, o pai ou educador deve proporcionar momentos de estimulação que levem ao desejo da expressão escrita, utilizando e diversificando estratégias de ensino.Importa que o aluno escreva por prazer sem estar preocupado com a sua correcção, pois só assim se exprime com naturalidade e sem inibições.A leitura requer menos custos de processamento que a escrita visto que, na leitura, o sujeito não tem que planear o seu discurso, limita-se simplesmente a processar a informação dada por outrem.Podemos, assim, concluir que a escrita é um processo muito mais activo que a leitura e que exige por parte do sujeito um esforço superior.A aprendizagem de ambas as competências é praticamente exclusiva da escola, já que são consideradas capacidades básicas de instrução. Contudo, as crianças constroem ideias sobre o sistema de escrita muito antes da entrada para a escola, o que significa que também no campo da leitura elas não são tábuas rasas onde se insere tudo o que o professor transmite. Têm concepções que adquirem previamente à sua entrada para a escola e que vão ajudar a interiorizar as que são adquiridas posteriormente.


O sentido do número

Os indivíduos que têm o sentido de número adquirido desenvolvem comportamentos específicos que o comprovam, tais como: sentirem-se confiantes com os números, saberem como utilizá-los e como interpretá-los no mundo à sua volta, desenvolvem métodos apropriados de processamento dos números (estimativa mental, aproximação, cálculo com papel e lápis ou com calculadora), pois têm um bom conhecimento do significado do sentido do número.Hoje em dia, cada vez se torna mais crescente a necessidade do sentido de número e a capacidade para usar os números no nosso quotidiano diário daí que, a grande prioridade da Matemática (ao nível escolar) seja a de desenvolver o sentido de número, sendo que este é o ponto de partida para formar cidadãos capazes de utilizar a sua competência matemática no quotidiano. Assim, o sentido de número deve começar a ser desenvolvido logo nos primeiros anos com base numa estrutura de aplicação, para que as crianças se apercebam de que os números não são usados somente em cálculos e nos livros de exercícios. É importante que, desde os seus primeiros contactos com os números, as crianças tomem consciência das inúmeras utilidades destes.
Localização:
A localização de um número prende-se com o sistema de ordenação do mesmo, isto porque os números podem estar ordenados por categorias, por exemplo: podem estar os números pares de um lado e os números ímpares de outro; podem estar ordenados por ordem crescente ou decrescente, por isso, é importante que as crianças percebam que a localização dos números está dependente do contexto em causa (varia consoante o contexto em que se está inserido).Existem diversas actividades que se podem realizar com as crianças para que as mesmas possam fazer uma aprendizagem significativa do conceito de localização dos números e do que este implica.Dois exemplos de actividades que se podem desenvolver neste sentido são:
- propor às crianças que dêem um passeio pelo bairro onde habitam e, observem os prédios, para terem a noção de como estes estão numerados;- levar as crianças ao cinema ou ao teatro e, dar a cada uma delas o seu bilhete para que elas próprias possam localizar o lugar onde têm que se sentar, ao fazerem isto as crianças vão observando que para localizarem os seus lugares estão a utilizar um sistema de numeração diferente daquele a que estão habituados a utilizar.

Ordenação:
Os números também podem ser utilizados para estabelecer uma certa ordem em muitas situações. Contudo, o sistema de ordenação dos números está dependente do critério que é utilizado para estabelecer essa mesma ordem.É papel do professor, levar as crianças a compreender o sistema de ordenação em diferentes contextos. Para tal, este deve proporcionar aos seus alunos diversas experiências neste âmbito.Deste modo, o professor poderá desenvolver actividades como:
- ordenar dez crianças por altura e, perguntar aos alunos quem é o primeiro, o segundo, o sétimo e o décimo;- ordenar essas mesmas crianças alfabeticamente e fazer as mesmas perguntas.
O desenvolvimento deste tipo de actividades irá possibilitar às crianças a percepção de que nos dois contextos, as mesmas crianças tinham ordens numéricas diferentes, o que as levará a compreender que a ordenação dos números varia consoante o critério que é utilizado para a mesma.O professor deve alertar os alunos para os diferentes sistemas de ordenação com que estes se podem deparar no seu dia-a-dia.
Identificação:
Os números funcionam como meios de identificação de inúmeras coisas, tais como: objectos, brinquedos, electrodomésticos, automóveis, e, podem até funcionar como meio de identificação pessoal (número do bilhete de identidade, número de contribuinte, número de telefone,etc).Para ajudar os alunos a perceber que os números são também um meio de identificação, o professor pode promover algumas actividades, tais como:
- propor aos alunos que façam um levantamento de todos os números de identificação que consigam encontrar na sua casa e na sala de aula;- dos números encontrados na actividade anterior, que seleccionem aqueles que constituem maior importância para si e elaborem um livrinho intitulado "Números importantes para mim".
Medição:
O conceito de medição do número deve ser adquirido desde muito cedo, pois servirá de base para aprendizagens posteriores. É importante que as crianças aprendam que os números também servem para medir e para pesar.
O professor deve consciencializar os alunos para o facto do tamanho da sua roupa e dos seus sapatos serem os números que determinam as medidas de partes do seu corpo.Outro dos aspectos com que o professor terá que se preocupar é em explicar às crianças que o tempo, o comprimento e a distância também são medíveis.Estimação:A estimação comprova que a Matemática não é sempre exacta e que muitas vezes não é possível dar uma resposta certa a algo, mas que é apenas fazer uma aproximação, uma estimação. Uma pessoa que tenha adquirido o conceito de número é capaz de avaliar uma situação deste tipo e resolvê-la de forma positiva.Existem várias formas para ensinar as crianças a estimar:
- mostrar às crianças um metro de comprimento e perguntar-lhes que objectos estão dentro da sala que medem mais que um metro e quais os que medem menos, ou se eles próprios acham que, medem mais ou menos que um metro;- mostrar-lhes um quilo de arroz, deixá-los sentir-lhe o peso e, perguntar-lhes quanto quilos eles acham que pesam? Quem será o aluno mais pesado da sala? E o mais leve? E o que será mais pesado: a cadeira ou o armário? O lápis ou a secretária?
Se o professor promover junto dos seus alunos actividades deste tipo, facilmente eles perceberão o que é uma estimação, contudo um outro aspecto com o qual o professor se deve preocupar é em desenvolver nos seus alunos a capacidade de fazer estimações razoáveis, que façam sentido. Para tal, este deve organizar actividades através das quais os alunos se possam aperceber que uma alteração na ordem de grandeza do número torna possível fazer coisas diferentes e, que é esta ordem que determina o seu uso apropriado.Um dos exemplos destas actividades poderá ser:
- o professor pergunta aos alunos o que é que eles acham que podem comprar com 5 cêntimos, 50 cêntimos, 5 euros, 500 euros e com 5000 euros. Seguidamente, deve fazer listas de coisas que se possam comprar com os diversos valores monetários descritos, pois assim, ajudará as crianças a tomarem a percepção de que objectos diferentes podem ter aproximadamente o mesmo valor monetário (por exemplo: com 5 euros posso comprar uma caixa de chocolates ou um perfume) e, que à medida que a grandeza dos números vai aumentando eles vão podendo comprar objectos cada vez mais caros (por exemplo: com 5 euros poderão comprar um carro de brincar e com 5000 euros poderão comprar um carro a sério).
O professor, deve aproveitar todas as situações reais e de sala de aula possíveis para ajudar os alunos a desenvolverem capacidades para pensar sobre os números de um cálculo e saber interpretá-los.As actividades mais apropriadas para desenvolver este tipo de raciocínio são os problemas.
Visto isto, os professores devem proporcionar aos seus alunos experiências que os conduzam a tomar contacto e compreender o vasto mundo dos números, ou seja, que os levem a perceber as diferentes formas de utilização dos números (tanto na resolução de exercícios, como no seu quotidiano): contar, calcular, estimar, identificar, ordenar e medir e que lhes dêem a possibilidade de desenvolver e aprofundar as capacidades associadas ao sentido do número, pois são estas experiências iniciais que desenvolvem a compreensão e a mestria matemáticas.


Hiperactividade e Matemática

Um número significativo de crianças sofre da Síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade (SDAH).Trata-se de uma desordem muito mais comum nos rapazes do que nas raparigas: 80% a 90% dos casos diagnosticados são de rapazes.A situação torna-se preocupante quando estas crianças começam a frequentar a escola, podendo o seu comportamento comprometer o desempenho escolar.As crianças hiperactivas manifestam alguns sintomas de falta de atenção que é possível identificar:
-apresentam dificuldade em manter a atenção ao executar tarefas ou actividades;
-evitam as tarefas que requerem esforço mental persistente;
-distraem-se facilmente com estímulos irrelevantes;
-não tomam atenção suficiente aos pormenores ou cometem erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras actividades lúdicas;
-parecem não ouvir quando se lhes dirigem directamente;
-perdem objectos necessários a tarefas ou actividades que terão de realizar.

Eis alguns sintomas de hiperactividade - impulsividade observáveis nas crianças:
-mexem permanentemente os pés;
-levantam-se na sala em situações em que se espera que estejam sentadas;
-correm e saltam excessivamente em situações inapropriadas;
-apresentam dificuldade em se envolver numa actividades de forma tranquila;
-falam em excesso;
-respondem antes da pergunta ser completada;
-apresentam dificuldade em esperar pela sua vez.

No entanto, para se concluir a presença da SDAH é fundamental que os sintomas persistam por mais de seis meses e se tenham iniciado antes dos sete anos.O educador deve estabelecer regras precisas e consequências claras e não deve utilizar uma linguagem de confronto, de modo a evitar comportamentos inadequados. Deve também alternar actividades paradas com actividades mais activas, ajustando o ritmo.Encorajar a criança a desenhar pode ser uma forma de ajudar a lembrar determinado assunto abordado.Contar uma história é também uma forma eficaz de captar a atenção, visto que todas as crianças gostam de ouvir histórias, especialmente histórias pessoais.Para as crianças hiperactivas, é importante que o estabelecer e realizar tarefas de forma rotineira.
A aprendizagem em Matemática e a hiperactividade, bem como a relação entre ambas tem sido objecto de análise e de estudos. Um conhecimento que se vai aprofundando à medida que se sabe mais sobre o desenvolvimento do raciocínio nas crianças e as causas que poderão estar na origem dos problemas de atenção.Inerente ao funcionamento da inteligência, o processo de aprendizagem em Matemática manifesta-se nos primeiros dias de vida, na tentativa de estabelecer relações.Mais especificamente, e abordando a Matemática como ciência, é importante ter em conta que o seu desenvolvimento exige um raciocínio hipotético-dedutivo, numa procura de respostas aos problemas, pesquisando essas respostas até se tornarem consistentes mediante o apoio de verdades já estabelecidas. A partir destas verdades (os axiomas) podem fazer-se demonstrações lógicas e chegar a novos resultados ou teoremas.As novas descobertas ou os novos teoremas são transmitidos, "verbalizados", através de uma linguagem própria à Matemática, sendo consequentemente o conhecimento matemático axiomático-dedutivo, um conhecimento em permanente construção.Alguns indivíduos que se crê sofrerem de problemas de hiperactividade apresentam dificuldades em Matemática, enquanto outros não.Muitos indivíduos com dificuldades no desempenho nas tarefas que envolvem competências aritméticas ou dislexia são referenciados como tendo problemas de hiperactividade.
No entanto, verifica-se que as crianças com problemas de aprendizagem costumam sofrer de alterações comportamentais. Com frequência, essas dificuldades levam a criança a assumir uma atitude negativa face ao estudo da disciplina e, devido ao seu comportamento, é considerada hiperactiva.Alguns estudos revelam que uma criança hiperactiva possui uma capacidade de abstracção muito elevada, o que implica um potencial intelectual e criativo também elevado.Salienta-se ainda a importância da capacidade de abstracção para o desenvolvimento do raciocínio matemático (devido exactamente à sua natureza dedutivo-axiomática).Para além destes factores, ao longo do seu desenvolvimento, as crianças passam da realização de cálculos simples e concretos para cálculos mais complexos e abstractos.Assim, não será correcto considerar que uma criança supostamente hiperactiva não terá competências mínimas para a aprendizagem em Matemática, ou ainda considerar que o seu insucesso se deva a uma possível hiperactividade.Pelo contrário, a natureza do raciocínio matemático poderá explicar o bom desempenho de crianças hiperactivas nesta área, enquanto em outras disciplinas não se constata esse sucesso.


Dislexia e Matemática

Dislexia trata-se de um distúrbio na leitura e/ou na linguagem.A falta de informação sobre este problema, que pode estar na origem do insucesso escolar e em outras áreas da vida, pode levar os professores e os pais a confundirem a dislexia com a falta de atenção ou preguiça. Os sinais de alerta são os seguintes:
 Problemas de aprendizagem
- Dificuldades na linguagem oral;- Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;- Dificuldades em seguir orientações e instruções;- Dificuldades de memorização auditiva;- Problemas de atenção;- Problemas de lateralidade.
 Na leitura e/ou na escrita observam-se os seguintes problemas
- possíveis confusões (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...);- possíveis inversões (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...);- possíveis omissões (ex: livo/livro; batata/bata...).
 Neste contexto, as Respostas Urgentes a Implementar serão:- Criação de estruturas de despiste e reeducação precoces;- Consultas multidisciplinares para avaliação compreensiva de casos;- Formação de professores numa pedagogia específica;- Meios de informação sobre estruturas de apoio a alunos com dislexia.
Os pais e os educadores e professores são normalmente os primeiros a perceberem as dificuldades da criança. Algumas dessas características poderão estar presentes num quadro de dislexia.É também importante salientar que não é necessário encontrar a totalidade dessas características para se considerar que se está em presença de um caso de dislexia.Durante a Educação Pré-Escolar, os pais e educadores deverão estar atentos para os seguintes sinais:
- Falar tardiamente;- Dificuldade em pronunciar alguns fonemas;- Demora a incorporar palavras novas no seu vocabulário;- Dificuldade em fazer rimas;- Dificuldade em aprender cores, formas, números e a escrita do nome;- Dificuldade em seguir ordens e seguir rotinas;- Dificuldade na habilidade motora fina;- Dificuldade em contar ou recontar uma história na sequência certa;- Dificuldade em lembrar-se de nomes e símbolos.
No que diz respeito à legislação portuguesa, uma criança, ao ser reconhecida como disléxica tem direito à inserção numa turma com um número reduzido de alunos. Esta criança pode ainda dispor de meia hora adicional na realização de testes e avaliações.Crê-se, também, que os disléxicos podem ter várias capacidades muito desenvolvidas. Poderão, por exemplo, privilegiar o pensamento com imagem ao invés das palavras, ser altamente intuitivos e ter uma grande imaginação.
Muitas crianças disléxicas têm dificuldade em ser rápidas e fluentes em executar cálculos tão simples como as operações de soma, subtracção, multiplicação e divisão, dificuldades essas que também se reflectirão na aprendizagem da tabuada. Contudo, estas crianças poderão adquirir boas competências em Matemática.Estas dificuldades com a Matemática surgem porque não há áreas do cérebro específicas para a leitura. As áreas usadas para a linguagem escrita são usadas também para outros símbolos, incluindo números, gráficos, etc.Portanto, se houver um problema nessas áreas do cérebro, será afectado o processamento eficiente de qualquer símbolo, linguagem e Matemática incluídos.Ao considerarmos esses conceitos, não é de admirável que crianças com dificuldades na linguagem (dislexia) apresentem frequentemente dificuldades em Matemática.Um indicador muito simples para o diagnóstico destas dificuldades é a incapacidade para contar para trás de dois em dois ou de três em três.A tabuada, cujo principal objectivo é reduzir o tempo de cálculo das operações, funciona frequentemente "ao contrário" para os disléxicos, pois prolonga o tempo que estes levam a fazer os cálculos.A melhor solução imediata para contornar este problema será oferecer materiais auxiliares como esquadros, linhas numeradas ou calculadoras, em vez de obrigar estas crianças a grandes esforços de cálculo mental.Não nos podemos esquecer que a dislexia deve ser diagnosticada por profissionais competentes, o que implica a intervenção de uma equipa multidisciplinar.O cálculo mental sem recurso a calculadoras é muito importante para a aquisição de melhor capacidade de raciocínio, por isso a indicação de uso de tais instrumentos auxiliares fica ao critério de quem lida directamente com cada situação.


Ensinar matemática às crianças sem que elas percebam

Um dos argumentos mais utilizados pelos alunos quando lhes dizem que devem estudar Matemática é: "E para que é que eu preciso de saber isto?", significando "Mas eu vou precisar de isso para quê (na vida real)?". Os Pais não se devem deixar intimidar por este argumento tão comum e devem usar estratégias que demonstram como a Matemática é uma presença constante no nosso quotidiano.Os pais sabem como são actualmente importantes e até essenciais os conhecimento de Matemática, uma vez que ela está sempre presente no nosso dia-a-dia, em praticamente todas as situações.Se a criança gosta de desporto e, por exemplo, é adepta de algum clube, podemos combinar desporto e aprendizagem de Matemática. Por exemplo, pode-se pedir que registe os resultados dos jogos da sua equipa (que poderá ser efectivamente a "sua" equipa se ela praticar algum desporto) e que obtenha alguns dados estatísticos a partir desse registo. Dados como, no caso do futebol/andebol:- Quantos pontos tem a "sua" equipa neste campeonato? A que distância está da equipa adversária?- Quantos jogos a "sua" equipa precisa de ganhar para ficar em primeiro lugar? E quantos jogos pode perder para não ser "apanhada" pelos adversários?- Quantos jogos têm as outras equipas de perder para a "sua" equipa ficar em primeiro lugar?- Em que lugar fica a "sua" equipa em caso de empate ou derrota num determinado jogo?Até se pode levar este "estudo" um pouco mais longe e, dependendo da idade da criança, usar os dados obtidos para construir gráficos, que servirão para discutir estratégias.Atenção: Esta actividade não se limita ao futebol. Todos os desportos colectivos e individuais podem ser assim analisados.Também é possível fazer exercícios na cozinha: pesagens, proporções, etc.; em caminhadas: saber quantos passos se deu e quantos faltarão dar; etc.
Também podem ser usados conhecimentos de Geometria:
Pega-se numa bola de futebol. Pergunta-se à criança que polígonos consegue identificar na bola. São polígonos regulares? Quantas diagonais "cabem" dentro desses polígonos?
Ainda usando a bola de futebol como ponto de partida, pode-se pedir à criança que calcule a sua área e, se os seus conhecimentos forem suficientes, o seu volume.



Prática pedagógica com crianças deficientes visuais

O défice visual traduz-se numa redução da quantidade de informação que a criança recebe do meio-ambiente, restringindo a quantidade de dados recebidos e que são de extrema importância para a construção do conhecimento.É considerada deficiente visual toda a criança cujas dificuldades visuais afectem a aprendizagem.A criança deficiente visual pode enquadrar-se em três situações: cegueira (ausência total de visão), visão residual ou sub-visão (acuidade visual inferior ou igual a 0,1 no melhor olho) e visão parcial (acuidade visual superior a 0,1 até 0,5).As crianças com défice visual encontram dificuldades na percepção de vários aspectos visuais: objectos situados em ambientes mal iluminados, objectos ou materiais colocados sobre fundos de cor semelhante, objectos e seres vivos em movimento, profundidade, formas compostas, representações de objectos tridimensionais e formas desproporcionadas. Têm assim, problemas de coordenação visual e motora, percepção do contraste figura-fundo, constância da forma, da posição do espaço e das relações espaciais.Este conjunto de factores constitui um entrave à aprendizagem, condicionando-a, daí que tenhamos que proporcionar um ambiente favorável à aprendizagem destas crianças, que deve obedecer a determinadas condições.A iluminação é uma delas. Qualquer ambiente que rodeie o deficiente visual deve proporcionar-lhe a máxima visibilidade, sobretudo quando este tiver de executar trabalhos que impliquem pequenos pormenores. Uma tarefa pode tornar-se simples ou complexa em função da iluminação ambiente.Tudo aquilo que é apresentado à criança (imagens, caracteres, palavras, frases ou textos) deve ser redimensionado em tamanho bastante grande, para que ela possa ver bem. O que é escrito, no quadro ou no seu caderno, também ter um tamanho grande.As representações em relevo é outra condição a que se deve obedecer. É preferível mostrar à criança os objectos reais em vez de imagens que os ilustrem, pois ela poderá manipulá-los e ter uma melhor percepção daquilo que vê.Outra condição importante é a estimulação visual. A criança pode "aprender a ver" a partir de tarefas visuais individualizadas e motivantes que passem por: facultar-lhe objectos de cores fortes e brilhantes, despertando a sua atenção para os pormenores dos mesmos; focar a sua atenção em objectos em movimento que estejam perto e se destaquem, fazendo-os entrar no seu campo visual; desenhar objectos grandes, com cores fortes e luminosas e explorá-los com a criança (à medida que a sua acuidade visual for aumentando, vai-se diminuindo o tamanho dos desenhos, tornando-os mais esquemáticos e aplicando-lhes contornos e mais pormenores); mostrar-lhe desenhos que indiquem acção e pedir-lhe que imite os movimentos inerentes às acções visualizadas, que indique as diferenças entre as pessoas e os objectos dos desenhos ou entre os animais e as pessoas).
Por fim, o contraste. Revela-se crucial para uma maior legibilidade que exista um grande contraste de cor entre as letras ou imagens e o fundo sobre o qual estão expostas. Preferencialmente, devem ser usadas letras claras sobre fundos escuros.Depois de criadas as condições que possibilitam a aprendizagem, devem ser realizadas tarefas lúdicas, que motivem a criança.Tudo o que for material manipulável, com poucos pormenores será um incentivo para a criança.Deste modo, devem ser realizadas tarefas do tipo:
-jogos de associação de palavra imagem ou imagem objecto;
-jogos de associação de números - quantidade (de preferência com objectos para representar as quantidades);
-contagens com materiais (lápis, canetas, tampas, rolhas, etc.);
-números grandes para ordenar, de forma crescente e decrescente (numa fase posterior);
-jogos tipo loto de leitura (sempre com tamanhos ampliados);
-dominó (com peças grandes);
-representações do corpo humano grandes, que a criança possa reconstruir ou vestir;
-puzzles;
-tangram (em tamanho grande);
-labirintos grandes;
-livros com peças de encaixe;
-letras ou sílabas móveis para formar palavras;
-jogos de expressão musical e expressão dramática que tenham como objectivo a desinibição da criança e a imitação do mundo real;
-pinturas e desenhos em folhas grandes (de preferência realizados em parceria com um adulto).
As crianças com cegueira total, devem aprender o Braille, pois este é uma mais-valia para elas e um grande facilitador da aprendizagem.

Saúde - Trissomia 21


O que é a trissomia 21?
A Trissomia 21 é uma alteração genética, que ocorre durante a divisão das células do embrião, em que o indivíduo possui 47 cromossomas e não 46, sendo o cromossoma extra ligado ao par 21. Completamente ligada a um excesso de material cromossómico, tem nítida relação com a idade dos pais. Quanto mais idosos eles forem maior a probabilidade de terem um filho com trissomia 21 , que vem, necessariamente, associada a uma hipotonia, a redução do tónus muscular e não está vinculada a consanguinidade, isto é, laços de parentesco entre os pais.

Um pouco de História...
O síndrome de Down, ou trissomia 21 foi descoberto em 1866 por John Langdon Down. Este médico inglês descreveu as características deste síndrome, que acabou por ser baptizado com o seu nome. Ele descobriu que a causa do síndrome de Down era genética, pois até então a literatura relatava apenas as características que indicavam o síndrome.Foi identificado pela primeira vez pelo geneticista francês Jérôme Lejeune em 1958. O Dr. Lejeune dedicou a sua vida à pesquisa genética visando melhorar a qualidade de vida dos portadores de Trissomia 21.Desde então, campanhas têm sido realizadas para a divulgação do nome síndrome de Down ou Trissomia 21.

Como se reconhece?
Existem sinais físicos que acompanham geralmente a Trissomia 21 e, por isso, ajudam a fazer um diagnóstico.
Os principais sinais físicos nos bebés são:
- Hipotonia;
- Abertura das pálpebras inclinada com a parte externa mais elevadas;
- Olhos em "bico" como "chineses" e "japoneses";
- Língua de fora;
- Prega única na palma da mão;
- Outros que variam de criança para criança.
A pessoa com Trissomia 21, quando adolescente e adulta, tem uma vida semi-independente. Embora possa não atingir níveis avançados de escolaridade, pode trabalhar em diversas outras funções, de acordo com seu nível intelectual. Pode ter a sua vida social como outra pessoa qualquer.

Existe cura?
Não, pelo menos até ao momento, apesar das pesquisas efectuadas pelo mundo nesse sentido. A Trissomia 21 é uma anomalia das células e não existe qualquer tipo de vacinas, medicamentos, escolas ou terapeutas, embora haja charlatões que tentam enganar os pais fazendo-os pensar que os mesmos puderam fazer curas milagrosas. O desenvolvimento que a criança vai tendo com a idade é indevidamente atribuído a essas curas, que em muitas das vezes deixa as famílias em batalhas financeiras inúteis. Actualmente, existem programas de intervenção precoce que visam favorecer o desenvolvimento motor e intelectual das crianças com Trissomia 21. A estimulação precoce não é a cura , mas nos primeiros é muito importante pois ofrece oportunidades relevantes para o desenvolvimento da criança.
Pessoas com trissomia 21 podem ter filhos?
Não se conhecem casos de homens com trissomia 21 que tenham conseguido reproduzir, mas as mulheres têm menstruação e podem engravidar. A gravidez é, no entanto, desaconselhada, porque a mãe terá dificuldade em cuidar da criança adequadamente. Além de correrem o risco da criança ter também a doença (quase 50% dos casos). Os pais devem procurar orientações com um ginecologista aquando da primeira menstruação das filhas.

Saúde - Prevenir acidentes domésticos com bebés

Cuidados com potenciais quedas:
•Nunca deixe o bebé ou a criança sozinha em cima de uma cama, bancada ou móvel onde muda as fraldas e a roupa;
•Tenha as fraldas, as toalhinhas de limpeza e os cremes necessários sempre à mão;
•Prepare as roupas que lhe vai vestir com antecedência e tenha-as à mão na altura em que vai vestir a criança.


Cuidados com camas de grades:
Use cama de grades, pois evitam que o bebé ou a criança caia da cama;
•Assegure-se de que os espaços entre as barras do berço são adequados. Normalmente as grades são adaptáveis em altura, para facilitar o colocar e tirar a criança da cama;
•Não se esqueça de verificar se a grade está bem colocada depois de pôr a criança na cama;
•Tome cuidado quando a criança começar a mostrar movimentos de sentar, gatinhar ou ficar de pé; está na altura de adequar a grade, se for o caso, às suas novas capacidades;
•Verifique se o estrado está bem seguro e que o colchão é adequado;
•Não deixe brinquedos dentro do berço ou da cama do bebé.


Cuidados com brinquedos:
•Os brinquedos devem ser suficientemente grandes para não poderem ser engolidos e suficientemente resistentes para não lascarem ou partirem;
•Verifique os rótulos e etiquetas dos brinquedos para saber quais os materiais de que são feitos, evitando, por exemplo, o risco de alergias;
•Os brinquedos não devem ter arestas ou ser pontiagudos;
•Compre brinquedos adequados à idade da criança e verifique se os oferecidos também são apropriados.


Cuidados com o banho:
•Nunca deixe o seu filho sozinho na banheira, seja qual for a circunstância. Mesmo com água rasa é perigoso. Uns segundos bastam para que se afogue;
•Verifique a temperatura da água com um termómetro ou com o seu cotovelo, para evitar queimar a criança se a água estiver demasiado quente;
•Use tapetes ou formas antiderrapantes na banheira.


Outros riscos:
•Sacos plásticos, fios de telefone soltos, almofadas e travesseiros altos e fofos podem asfixiar ou estrangular;
•Não permita que a criança mastigue pastilhas elásticas ou coma rebuçados;
•Não ponha cordões à volta do pescoço da criança para segurar as chupetas;
•Não permita que a criança brinque com objectos pequenos que possa engolir;
•Não beba líquidos quentes com o seu filho no colo. Mantenha os líquidos quentes (café, chá, etc.) fora do alcance dele;
•Proteja os cantos das mesas e de outros móveis que possam significar perigo para o bebé.

Saúde - Prevenir acidentes domésticos com crianças

Objectos perigosos:
As crianças pequenas não têm capacidade para avaliar o perigo, pelo que qualquer objecto que encontram em casa pode transformar-se num brinquedo muito interessante. Botões, tampas e rolhas de garrafas, moedas, pregos pequenos, parafusos e até brinquedos com peças demasiado pequenas são uma atracção irresistível para crianças até aos três anos, que gostam de levar tudo à boca. Mas consistem um grande perigo, pois as crianças podem engasgar-se e até sufocar.


Causas dos acidentes:

Sabia, por exemplo, que as quedas são a principal causa de acidentes domésticos com crianças? Seguem-se os cortes, as queimaduras e as intoxicações.

Atitudes que podem salvar:
Não se limite a proibir as crianças de fazerem isto ou aquilo; deve procurar ensiná-las e alertá-las para os riscos que certos actos envolvem, para que elas possam desenvolver a noção do que é o perigo e do que são comportamentos perigosos. Mesmo quando as crianças são pequenas e a explicação requer muita paciência. E, sobretudo, dê o exemplo: as crianças imitam os adultos. Sempre que necessário, explique à criança porque é que as suas acções lhe são permitidas a si e a ela não, apontando razões de idade, capacidade, responsabilidade, segurança, etc.

Cuidados na cozinha:
•Não deixe crianças sozinhas na cozinha;
•Guarde facas e objectos cortantes em locais pouco acessíveis;
•Não deixe tachos e panelas ao lume sem ninguém na cozinha e tenha especial cuidado com líquidos quentes, como sopa ou água a ferver, já que queimaduras com líquidos quentes são frequentes em crianças;
•Não deixe os bicos do fogão ligados quando acaba de cozinhar;
•Vire os cabos das frigideiras para o interior do fogão, para evitar que as crianças tentem pegar-lhes;
•Pode remover os botões do fogão quando este não estiver em uso;
•Guarde bem os fósforos, pois as crianças não têm medo do fogo e certas brincadeiras podem provocar incêndios;
•Torradeiras, bules, garrafas térmicas e outros equipamentos devem ser mantidos fora do alcance das crianças;
•Cuidado ao utilizar panelas de pressão. Cumpra sempre as indicações do fabricante;
•Tenha cuidado na utilização do gás no fogão. Acenda o fósforo antes de abrir o gás. Se o seu fogão tiver acendedor eléctrico, acenda primeiro o gás, no mínimo, e só então accione o acendedor;
•Quando acender o forno, coloque-se de lado e não em frente do fogão;
•Use apenas toalhas, aventais e panos de tecidos naturais. Evite usar roupa de tecidos sintéticos e aventais de plástico quando está a cozinhar;
•Na utilização do microondas não cubra alimentos com papéis metalizados nem coloque, no seu interior, louças com decoração prateada ou dourados (causam faíscas).


Cuidados com produtos de limpeza e outros produtos tóxicos:
•Seja na cozinha, dispensa ou em qualquer outra divisão da casa ou no jardim, guarde estes produtos em locais inacessíveis a crianças e a animais;
•Há fechos e protectores (inclusive cadeados) que impedem a abertura de armários e gavetas da cozinha ou de outros locais;
•São produtos tóxicos, muitas vezes até inflamáveis, e a sua ingestão ou inalação pode ter consequências graves ou até fatais;
•Nunca coloque detergentes, lixívia, insecticidas ou pesticidas em garrafas de água de plástico já usadas, porque as crianças podem ingerir o produto pensando ser água, resultando num acidente com grande gravidade.


Cuidados com electricidade e tomadas:
•Se possível, todas as tomadas devem ter ligação terra;
•Instale protectores adequados em todas as tomadas da casa, para evitar choques eléctricos;
•Esteja sempre alerta, pois uma tomada tem uma atracção especial para as crianças que estão na fase de gatinhar ou até um pouco mais crescidas, parecendo os locais ideais para tentarem enfiar os dedos e os mais variados objectos.

Saúde - crianças e animais

Crianças e Animais:

A relação entre o homem e os animais domésticos data de milhares de anos e tem sido objecto de estudo de várias áreas do conhecimento como a Antropologia, a Paleontologia, a Sociologia, a História das Mentalidades e a Psicologia. O estudo dos papéis desempenhados pelo animal de estimação na relação com os homens, bem como os desejos projectados por estes sobre os animais podem trazer importantes conhecimentos.
Quando a criança começa a crescer e sensibilizar suas relações de afecto, os objectos passam a ser substituídos por seres vivos. De todos os animaizinhos de estimação o mais comum e que mais se interage com o ser humano é o cão. Com ele a criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e viver novas experiências. O cachorrinho pode correr para apanhar o objecto lançado, pode rosnar e até morder. Ele reage ao carinho, abana o rabo, pula...e agride, se maltratado. E não é só o cão que interage com a criança, apesar de ser o mais comum, outros animais também fazem papel importante. O gato se encosta e se permite ser tocado. Os peixinhos se alvoroçam no aquário quando a criança lhes joga o alimento. O passarinho pega o alpiste na mão da criança e seu encanto atrai pequenos e grandes. Além da relação de afecto que se desenvolve, do estímulo ao período sensório - motor, do tocar, do sentir, do explorar o corpo do animal e observar suas reacções, muitos conhecimentos são adquiridos, do campo psicológico ao campo científico.


Alguns factos que devem ser considerados importantes:
A criança que convive com animais, é mais afectiva, repartindo as suas coisas, é generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos factos, é crítica e observadora, sensibiliza-se mais com as pessoas e as situações.
Apresenta autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas sociais.
Relaciona-se sem embaraço com os amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justa. Sabe respeitá-los.
Desenvolve sua personalidade de maneira equilibrada e saudável, tem mais facilidade para lidar com a frustração.
Desde os cuidados com aquela planta do vaso da sala aos cuidados com o bichinho que escolheu para ser seu, a criança está desenvolvendo uma nova consciência.

Com um animal de estimação, o pequeno da família não mais terá poder total como tinha com seus brinquedos. Para cada atitude dela, o animal de estimação terá uma reacção, actuando directamente no processo de socialização da criança.
Um animal necessita de cuidados e a criança precisa ter responsabilidade sobre eles. Essa responsabilidade depende da idade da criança e deverá ser orientada e estimulada por um adulto.
Crianças pequenas ainda não sabem distinguir o seu brinquedo do animalzinho de estimação e podem machucá-lo ao apertar demais, jogar para o alto ou mesmo bater para recriminar algo que o animalzinho tenha feito. Essa relação pode causar danos físicos ao animal e à criança.
Nessa situação, o adulto tem que estar sempre muito atento, procurando conversar com as crianças sobre como lidar com o animalzinho, do que ele gosta e o que pode machucá-lo.
A criança pode ficar encarregada, com ajuda do adulto, de limpar o ambiente do seu animalzinho, dar comida e fazer carinho.
Com crianças acima de 5 anos, os cuidados com seus animaizinhos podem aumentar. O filho já pode levar o bicho de estimação para passear, dar banho.


Vantagens de conviver com animais de estimação:
Estudos mostram que crianças que convivem nos primeiros anos de vida com animais de estimação estão menos propensas a desenvolver alergia, pois o seu sistema imunológico já está “acostumado” com os agentes alérgicos encontrados nos animais.
Já o sistema imunológico de crianças que cresceram sem contacto com animais não reconhece os agentes alérgicos provocando reacções. Não se esqueça de levar o animalzinho ao veterinário para que receba os cuidados necessários para evitar doenças.


*Antes de escolher um bichinho, consulte um veterinário para que este auxilie na escolha de acordo com sua possibilidades, como ambiente onde o bichinho irá viver, espaço que necessitará, necessidade de passeios, etc. Além disso, ele lhe orientará quanto às questões de saúde e prevenção de doenças do seu animalzinho, especialmente quanto às doenças que são transmitidas dos animais para o ser humano. No caso, de crianças convivendo com animais isto é muito importante, pois elas estão sempre levando a mão à boca, e o risco de contrair algum tipo de doença é maior.

Curiosidades:
•Pacientes autistas foram “despertados” de seu estado constante de recolhimento na presença e o convívio com animais.
•Nos lares de pessoas idosas, a presença de um animal aumenta as expectativas de vida.
•A equoterapia (terapia complementar com auxílio de cavalos) é utilizada no desenvolvimento psicomotor de portadores da síndrome de Down e outras deficiências neuropsicomotoras congénitas ou adquiridas.
•Os animais são indicados para pessoas com deficiências sensoriais (cegos e surdos), dificuldades de coordenação motora (ataxia), atrofias musculares, paralisia cerebral, distúrbios comportamentais e outras afecções.
•O cachorro é capaz de pressentir antecipadamente as “convulsões” características da epilepsia quer seja do ser humano ou de outro animal.
•Todos os procedimentos científicos e técnicos vêm confirmar a relação afectiva que os animais são capazes de estabelecer com as pessoas. Além disso, é muito importante lembrar que todos nós interagimos no mesmo ecossistema.

Saúde (continuação)

Que cuidados se devem ter com crianças com SIDA?

As crianças e os jovens infectados pelo VIH ou com SIDA, embora possam necessitar de cuidados específicos devido à doença, necessitam, sobretudo, de serem amados, como qualquer outra criança ou jovem.
É fundamental que a família, em especial, lhes dê todo o carinho e apoio. Abracem-nos, peguem-lhes ao colo, beijem-nos, levem-nos à escola, enfim, façam tudo para que as crianças e os jovens se sintam integrados no meio familiar e social.


Mas há situações que merecem especial atenção:
É importante estar atento ao estado de saúde e ao comportamento da criança. Se verificar alguma situação fora da rotina deverá avisar o médico;
É fundamental dedicar especial atenção aos problemas respiratórios, febre, diarreia ou alterações do sono e do apetite. Esclareça os sinais de alarme com o médico assistente;
Converse com o profissional de saúde antes da criança fazer qualquer vacina, uma vez que algumas vacinas podem provocar sinais de doença;
É preferível optar por brinquedos de plástico e laváveis. Bonecos de pano ou peluche sujam-se facilmente e podem transportar germes que provocam doenças. Caso a criança brinque com este tipo de bonecos, deve lavá-los na máquina, de modo a mantê-los o mais limpos possível.

Não deixe a criança aproximar-se do cesto, cobertor ou jornal onde costuma estar o animal de estimação;
No caso da criança conviver com animais de estimação (cães, gatos, pássaros, etc.), pergunte ao médico como proceder;
Proteja a criança ao máximo, evitando o contacto com doenças infecciosas, especialmente a varicela. Se a criança com VIH esteve próximo de alguém com varicela, contacte imediatamente o seu médico. A varicela pode agravar o estado da criança infectada;
Se a criança se arranhar, cortar ou fizer uma ferida, lave a pele com água quente e sabão e coloque, imediatamente, um penso ou ligadura em função da dimensão da ferida.

Saúde (continuação)

Asma:

Doença inflamatória, crónica e familiar. Caracteriza-se por episódios agudos e repentinos de broncospasmo (tosse, dificuldade para respirar, sibilo e chiado). Quem tem asma responde a vírus, pó, ácaros e cheiros fortes.A doença também pode ser desencadeada por factor físico (frio), químico (fumaça de cigarro, pó e ácaros) ou biológio (vírus).

Sintomas:
tosse, dificuldade para respirar, sibilo, chiado

O que fazer:

Para cessar a crise asmática é preciso ministrar broncodilator, o que relaxa os brônquios (contraídos diante de uma agressão) e diminui a dificuldade respiratória, ou usar bombinha.Para diminuir o número de crises e a intensidade, são indicados cuidados como exercícios físicos (para melhorar a capacidade respiratória), manter a higiene do ambiente, evitar o contacto com cheiros fortes, evitar contacto com fumantes, trocar constantemente colchões e travesseiros (que devem ser de material sintético), evitar objectos que acumulem pó dentro do quarto.

Saúde (continuação)


Rubéola:

É uma infecção exantemática viral, moderadamente contagiosa, que atinge as crianças entre os 5 e os 10 anos. Só é preocupante quando contraída nos primeiros meses de gravidez, porque o vírus pode atravessar a placenta e causar a morte do feto, ou malformações graves no coração, no cérebro e nos olhos.

O contágio ocorre geralmente por via aérea e a doença resolve-se em 5 dias. A incubação dura entre 2 e 3 semanas.



Como se manifesta:

É caracterizada por um exantema maculopapular pálido, febre e gânglios aumentados. O exantema tem a mesma evolução que o sarampo (primeiro a cabeça, depois o tronco e por fim os membros).

A prevenção:
Está disponível uma vacina. Para além das crianças na pré-puberdade (9-12 anos) não vacinadas ou que não contraíram a doença, a vacina é administrada às mulheres em idade fértil que não possuem os anticorpos específicos. Após a vacinação deve ser evitada a gravidez durante pelo menos um mês. Se a mulher ficar grávida antes de ter feito a vacina, é possível um outro tipo de protecção, a imunização passiva através de gamaglobulinas humanas.


O tratamento:
Não existe uma terapêutica específica mas recomenda-se terapêutica de suporte para controlo dos sintomas.

Saúde (continuação)

Gripe e Constipação:

Gripe e constipação são a mesma doença?
Não. A gripe é uma doença muito contagiosa causada pelo vírus influenza.Os vírus influenza apresentam mutações periódicas, alterando as suas características frequentemente.
Qual é a diferença entre gripe e constipação?

Embora não exista uma diferença precisa, a gripe, que é mais grave, provoca geralmente febres altas, tosse, dores de garganta, dores no corpo, dor de cabeça e sensação de fraqueza, enquanto que a constipação normalmente provoca apenas coriza, dor de garganta ligeira e, por vezes, febre.É importante saber que os sintomas da gripe não são específicos, sendo frequentemente parecidos com os causados por outros vírus respiratórios que podem estar a circular numa comunidade.
A vacina protege mesmo contra a gripe?

A vacina diminui muito os riscos de contrair a gripe. A sua eficácia chega a 89%. Entretanto, existem outros vírus que podem provocar sintomas parecidos com uma gripe e, nesses casos, a vacina contra a gripe não funciona.
Mesmo vacinado pode ter-se gripe?
Mesmo vacinadas, algumas pessoas podem contrair gripe. Porém, na maioria dos casos os sintomas são mais fracos, parecidos com os de uma constipação.

A vacina pode provocar gripe?
Não, pois é produzida a partir de vírus mortos. Não existe risco de contrair a gripe por vacinação.A vacina provoca reacção?
A vacina contra a gripe é muito segura. Nalgumas pessoas pode provocar uma dor fraca e uma pequena vermelhidão no local da injecção. Mais raramente podem ocorrer febre baixa, mal estar e dores no corpo, que desaparecem geralmente entre 24 a 48 horas.
Quem não pode ser vacinado contra a gripe?
Pessoas que tem alergia à proteína do ovo (choque anafiláctico) não devem ser vacinadas contra a gripe (em caso de dúvida, consulte o seu médico).
Qual a melhor época para tomar vacina?

A vacina deverá ser feita anualmente, no Outono. Assim, o doente estará melhor protegido no período mais crítico, uma vez que o nível mais alto de protecção ocorre cerca de 4 a 6 semanas após a aplicação.
Que mais pode a gripe provocar?

Algumas pessoas têm um risco maior de sofrer complicações causadas pela gripe: os idosos, as pessoas com doenças pulmonares ou cardíacas ou com a resistência imunológica comprometida.Em alguns casos, estas complicações, como por exemplo as pneumonias virais ou bacterianas, podem ser muito graves provocando mesmo a morte.
Se o vírus da gripe é mutante, como é possível produzir uma vacina?
A composição da vacina é actualizada todos os anos, incluindo os 3 principais tipos de vírus da gripe em circulação. Quem define a composição da vacina é a Organização Mundial da Saúde.

Saúde (continuação)


Gripe:


Conta-se entre as doenças que constituem um problema de saúde pública a nível mundial. Tem, em geral, uma evolução benigna, mas também pode ser mortal. Fala-se de epidemia quando o contágio atinge 10 a 15% da população e de pandemia quando cerca de 50% da população mundial contrai a infecção no espaço de um a dois anos.


A gripe pode definir-se como uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus Influenza, que são transmitidos através da tosse ou dos espirros. O período de incubação é de 2 a 3 dias. Os vírus são classificados em A, B e C. Os dois últimos têm como único "reservatório" o Homem, enquanto o primeiro infecta também diversas espécies de animais.


Como se manifesta:
Pode falar-se de gripe quando estão presentes febre de início brusco, com uma temperatura igual ou superior a 39 graus, dificuldade respiratória, mal-estar generalizado, dores musculares e ósseas (na prática, trata-se da clássica sensação de dor em todo o corpo), acompanhada de astenia. Após alguns dias podem manifestar-se dor de garganta e tosse. A doença termina em 5 a 7 dias, embora durante os 10 a 15 dias seguintes permaneça uma sensação de prostração, falta de forças e falta de energia vital. Consoante o vírus responsável, podem ocorrer igualmente distúrbios que atingem o tracto gastrointestinal (vómitos, diarreia, náuseas).

A prevenção:

A vacinação é útil e eficaz na prevenção da gripe. Mas não devemos esquecer que a gripe também pode afectar indivíduos vacinados, embora com uma menor virulência. De facto, a cobertura da vacina não é total, mas apenas de 70%.

O diagnóstico:
É efectuado com a detecção do vírus em laboratório. Com efeito, o único critério habitualmente utilizado é o clínico, que se baseia na avaliação dos sintomas apresentados pelo doente. Está também em desenvolvimento um teste, a realizar directamente ao doente, que consiste num pequeno tampão que em contacto com a mucosa nasal muda de cor e permite identificar em poucos minutos a presença do vírus Influenza.

O tratamento:

A gripe pode ser mantida sob controlo através da administração de tratamento sintomático que baixa a febre e atenua as dores de garganta, a tosse, etc. O uso dos antibióticos está indicado apenas nos casos em que a gripe é agravada por uma complicação de origem bacteriana.


Regras de comportamento:
Para diminuir o risco de contágio da gripe é conveniente tomar algumas precauções: - lavar cuidadosamente as mãos quando se toca em objectos, no emprego, na escola, em locais públicos, em bares e restaurantes; se estender a mão a qualquer pessoa ou se tocar num objecto pertencente a uma pessoa constipada ou engripada lave também as mãos. - evitar permanecer durante muito tempo em locais fechados e com muita gente. - arejar frequentemente os locais onde habita porque o ar fresco evita a acumulação de substâncias potencialmente nocivas. - praticar regularmente desporto: o movimento reforça as defesas imunitárias que ajudam a combater uma eventual infecção. - usar lenços de papel: são mais higiénicos do que os de pano. -não fumar: as substâncias contidas no tabaco irritam a mucosa respiratória. - agasalhar-se bem, mas sem transpirar: os cobertores de lã são ideais porque mantêm a temperatura do corpo constante, deixando a pele respirar.